Pesquisadores do Instituto de
Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde – Icict, da Fiocruz,
instalaram em 2011, em Manaus (AM), um sítio sentinela para acompanhar os
efeitos das variações climáticas e possíveis consequências sobre a saúde da
população local e disponibilizaram um site para que a população pudesse
acompanhar as informações coletadas.
O site (http://www.climasaude.icict.fiocruz.br/) integra o
projeto Observatório de Clima e Saúde
(uma parceria da Fiocruz com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais – INPE) e acompanha a situação das cidades de Manaus, Porto
Velho e Santa Maria, na região amazônica. No síte é possível acessar automaticamente
os dados do Datasus, da Agência Nacional de Águas (ANA) e Serviço Geológico do
Brasil, da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), que são
atualizados permanentemente.
O projeto está centrado em quatro
eixos prioritários que são:
- Os efeitos das queimadas na poluição do ar e o agravamento das doenças respiratórias;
- O impacto nos ciclos de transmissão de doenças por vetores, como a dengue, malária e febre amarela;
- Os riscos de doenças de veiculação hídrica, devido a crises da água e de sistemas de saneamento;
- O impacto de eventos climáticos extremos e desastres sobre a saúde humana.
No caso de Manaus, a página (www.climasaude.icict.fiocruz.br/manaus/) apresenta
também um pequeno texto explicativo, notícias sobre o rio e problemas de saúde,
links para instituições e documentos
(inclusive o relatório da oficina sobre avaliação de vulnerabilidades
climáticas) e uma área para comentários. Além disso, há gráficos onde é possível
acompanhar a incidência de malária, dengue e leptospirose nos anos anteriores,
comparadas ao nível de água do rio, e o nível do Rio Negro atual e a previsão
para os próximos meses.
O coordenador do projeto,
Christovam Barcellos, acredita que, no caso da elevação excessiva do Rio Negro,
cuja águas atingiram 29,81m na sexta-feira (18) – a maior cheia dos últimos 100
anos – “poderá haver o retorno da carga de esgotos, que pode acarretar a
contaminação da água usada para o abastecimento na cidade, favorecendo o
surgimento de surtos principalmente de doenças de veiculação hídrica, como a
leptospirose, as hepatites virais e diarreias, e doenças transmitidas por
vetores, como a malária e dengue”.
Segundo Barcellos, a ideia é que
o site sirva de apoio à população e
aos governantes na tomada de decisões para lidar com as situações que estão
ocorrendo. “Acreditamos que o site
possa servir como sistema de alerta e na preparação para situações de
emergência e que, mesmo depois da emergência, “possa abrigar discussões sobre a
adaptação e as tendências climáticas e ambientais da cidade”, finaliza.
Pedidos de Entrevista
Christovam Barcellos –
coordenador do projeto Observatório de Clima e Saúde
Contato
Assessoria de Comunicação do
Icict
Tel.: (55-21) 3865-3265 /
3865-3228
E-mail: gportela@icict.fiocruz.br
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