O Laboratório de Urgências da UFF, que desenvolve um projeto de ponta na questão de emergências no Estado do Rio de Janeiro, firmou, no fim de 2011, um convênio com a CCR (que atua na concessão de rodovias), destinado a preparar condutores de ônibus, vans e táxis, policiais rodoviários federais, guardas municipais, alunos de medicina e enfermagem, profissionais da saúde em geral e leigos interessados, para os primeiros atendimentos em caso de acidentes.
A primeira ação do laboratório está sendo atualizar os profissionais que atuam no atendimento móvel da Região Metropolitana II e daqueles que atuam na porta de entrada das grandes emergências no entorno da Ponte Rio-Niteró. O Laboratório de Urgências é coordenado pela professora Andréia Escudeiro, especialista em medicina de tráfego, que já prepara os profissionais que atuam no Samu.
O laboratório tem equipamentos e simuladores de ponta e foi financiado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), sendo hoje o mais bem equipado em termos de emergência do RJ, afirma a coordenadora. Seus recursos incluem uma ambulância-escola e um contêiner que ficará estacionado na base Niterói da concessionária Ponte S.A., funcionando como escritório para pesquisa e espaço para pequenas apresentações, aberto à visitação, com materiais de audiovisual e informática, para simulação.
Além da preparação dos profissionais, o laboratório também fará pesquisas a fim de levantar dados sobre os incidentes mais frequentes no trecho da CCR Ponte. Os dados serão confrontados com os programas da Rede Intergerencial de Informações de Saúde, do Sistema de Informações sobre Mortalidade e do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Após o levantamento, as vítimas poderão ser monitoradas ainda por 28 dias.
Entre os equipamentos de ponta do laboratório, está o "ALS Simulator", que é um manequim real de treinamento interativo, para simular uma variedade de habilidades no salvamento de vidas em emergências médicas. Ele responde à intervenção clínica, ao controle do instrutor, assim como a cenários pré-programados para a prática de diagnósticos e tratamento do paciente. Tem respiração espontânea, controle das vias aéreas, voz, sons, eletrocardiograma e outras funções clínicas.
Existe ainda o simulador de sinais vitais (VitalSim) que, quando conectado aos manequins, simula sons cardíacos, respiratórios e intestinais; pressão sanguínea e de pulso e permite que os instrutores registrem cenários personalizados para atender a seus objetivos de aprendizagem.
Outro simulador é o "Ultimate Hurt", um manequim avançado para trauma e remoção, com três cabeças intercambiáveis: padrão, cabeça de entubação com trauma e cabeça opaca aos raios X. Ela vem com módulos de ferimentos de trauma, para aumentar a variedade de cenários e tem articulação real. Pode apresentar queimaduras de 2º e 3º graus; lacerações, escoriações, fraturas e ferimentos profundos, entre outras possibilidades que facilitam a compreensão dos treinandos.
Já o "Resusci Anne" simula um adulto de fisiologia e anatomia mediana e é próprio para um treinamento das técnicas mais avançadas, recomendadas internacionalmente.
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